quinta-feira, agosto 20, 2009

Quem sou Eu?


A questão existencial tem estimulado o ser humano a buscar respostas desde que ele tomou consciência de sua existência no planeta terra.
A compreensão da realidade no momento presente de cada um de nós, é o ponto de equilíbrio que se reflete num estado de consciência, o qual também podemos chamar de paz de espírito.
As filosofias orientais sugerem modelos e técnicas para alcançar o equilíbrio entre o Eu interior e o meio ambiente, ou seja, como nos percebemos refletidos e apegados no mundo de coisas, pessoas, afetos e relacionamentos.
O nosso corpo possui um maravilhoso “equipamento”, ele possui um aparelho Psíquico e talvez, o verdadeiro sentido da vida esteja em apreender a pilotá-lo de forma adequada.
Partindo do princípio de que “estamos” num corpo, a nossa consciência está num corpo e nossas funções psicológicas, ou mecanismos, estejam funcionando razoavelmente bem, partimos em busca de respostas para as seguintes questões existenciais:
Quem somos nós?
De onde viemos?
Para onde vamos?
Talvez a resposta da primeira questão esteja dentro da resposta da segunda, ou seja, se soubermos de onde viemos, poderemos sugerir uma resposta para: Quem somos nós?
Olhando para fora de nós, parece que o Universo guarda entre os seus segredos a origem da vida e da humanidade.
A Ciência da Astronomia está contextualizada na história, desde que houve a dicotomia, crença e razão.
A necessidade de aceitação e proteção levou o ser humano a acreditar e glorificar Deuses. Acreditava comandarem a vida e a morte na terra, lá de trás do manto negro do firmamento. Observou que os pontos se moviam ao longo dos dias e meses do ano. Aprendeu a medir e marcar o tempo com esse movimento.
Em certa época teve certeza de que tudo girava em torno da existência humana. O sol, os planetas e as estrelas, tudo o que era possível observar.
Na medida em que expandiu a visão através de lentes, novos paradigmas foram sendo criados para melhor compreender a realidade do Cosmos, muitas vezes com um alto preço para a ciência por desafiar a Religião.
Nicolau Copérnico há 500 anos atrás demonstrou através de cálculos matemáticos de que a terra não era o centro do Universo.
Com a evolução do conhecimento, também evoluiu a tecnologia e o ser humano percebeu que Deus, o dono de toda a criação, não estava lá fora no céu, num determinado lugar, e sim em todas as coisas. Um Deus Imanente, Onisciente e Onipresente.
O conhecimento evoluiu proporcionalmente tanto para o Macrocosmo, explorando o Universo como também para o Microcosmo, conhecendo sistematicamente a fina estrutura da matéria.
Embora a reflexão sobre o conhecimento contemporâneo nos traga certa satisfação, continuamos parecidos com o paradoxo de uma criança confusa ao tentar explicar um conflito existencial: “Outro dia no alto da escada encontrei um homem que não estava lá. Ele não estava lá de novo hoje. Há como eu gostaria que ele ficasse longe”...
Nas pesquisas do microcosmo a ciência pensava ter encontrado Deus após revelar que o átomo era a menor subdivisão da matéria, mas ruiu como num castelo de cartas, com o surgimento da Física Quântica. Descobriram-se partículas ainda menores e ao observar o comportamento delas percebeu-se que era impossível isolar a influência da mente dos observadores. Passou-se então a trabalhar com probabilidades, e novos paradigmas foram surgindo.
Ao observar a estrutura do átomo em sua perspectiva ele simplesmente desaparece da percepção dos nossos sentidos, ou seja, à distância que os elétrons orbitam em torno do núcleo do átomo são mais ou menos proporcional a um grão de ervilha no centro e a cabeça de um alfinete girando ao seu redor a alguns quilômetros de distância.
Observando-se com o sentido da visão, parece que nada existe, tudo está vazio.
Uma abordagem contemporânea propõe que estamos todos “ligados” e que estamos em constante conexão numa fina estrutura como uma teia, a teia da Vida.
Voltando ao Macrocosmo, em 1929, Edwin Hubble, um americano veterano da primeira guerra, ao observar o Universo com lentes mais potentes, descobriu outras galáxias. E talvez ainda mais significativo, que existe bilhões de galáxias iguais a nossa via Láctea, que elas não estão paradas, e sim, afastando-se uma das outras e muito rapidamente.
Sabe-se que a força que atrai os corpos mantendo-os em constante movimento é a gravitacional.
Estima-se que apenas 10% da massa do universo pode ser observada, o restante ainda é uma incógnita, é matéria escura.
Nós do planeta terra, embora não percebemos, viajamos a 800 mil quilômetros por hora em relação ao centro da nossa galáxia. A via Láctea, que abriga num de seus braços o nosso sistema solar, tem aproximadamente 100 mil anos luz de diâmetro, ou seja, precisamos viajar 100 mil anos na velocidade próxima da luz, somente para atravessá-la de um lado ao outro.
Com as observações de Hubble estava comprovada a teoria do Big Bang, a explosão primordial que deu origem a tudo o que existe.
Essa teoria é incontestável nos dias de hoje pela comunidade científica.
Somos filhos das estrelas. Todas as substâncias fundamentais para o nosso corpo, o carbono das células, o cálcio dos ossos e o oxigênio que respiramos, foram gerados dentro delas, particularmente, o sol. Essa esfera gasosa extremamente quente, distante a 150 milhões de km daqui, fornece a luz e o calor que gera e mantém todos os seres vivos.
Estima-se que o Universo tem dezenas de bilhões de anos-luz de extensão e entre 10 e 15 bilhões de anos de idade.
O sol é uma usina de energia porque ao fundir seu material interno em outros elementos radiativos, libera energia através da radiação da luz e calor para todo seu sistema, mantendo o equilíbrio dos astros girando ao seu redor e especialmente a vida do planeta terra.

Sobre a continuação da Vida e o Apocalipse.
A ciência da Astronomia estima que a vida do nosso sistema solar esteja mais ou menos na metade. Aproximadamente entre 4 e 5 milhões de anos, o sol irá acabar de queimar seu combustível interno e terminará com uma implosão. Com o impacto em seu centro terá início uma nova concentração de energia, girando e absorvendo tudo o que estiver ao seu redor, os planetas e corpos celestes que formam a nossa galáxia. A força gerada em seu centro é tão grande que absorve até a luz, formando um buraco negro.
Pela previsão da ciência, tudo vai terminar num “buraco negro”...
Todos os corpos celestes, galáxias e estrelas têm um ciclo de vida entre nascimento, expansão, envelhecimento e morte.
Modelos teóricos contemporâneos sugerem existir entre os bilhões de galáxias, universos paralelos e eles também têm um ciclo de vida. As dimensões parecem incompreensíveis para a razão humana.
No final, tudo se volta para dentro do próprio ser.
Assim como o Universo um dia tomará o caminho de volta, num processo de encolhimento supostamente até o ponto de uma laranja, ou um átomo, talvez tudo recomece com outro big bang, num ciclo infinito, como sugere o físico Stephen Wawking em seu livro, “O Universo numa casca de noz”.
Os mistérios que estruturam a realidade parecem infinitamente complexos, porém, podemos concluir com este modelo teórico, uma possibilidade para compreender racionalmente a origem da matéria e da vida em nosso planeta.
De certa forma, o raciocínio de que somos todos fios da mesma teia, que temos os mesmos elementos químicos das galáxias, dos astros e das estrelas, nos leva acreditar num Deus Imanente, Onipresente e Onisciente.
Então, com a sugestão dessa linha científica de raciocínio, podemos acreditar que também somos parte de Deus, porque Deus é TUDO!
Que Nós “estamos” em Deus e isso de certa maneira, nos trás Conforto e Paz de Espírito.

Concluindo: Quem sou Eu?
Sou o Jorge Antonio Cavallet, da espécie humana, nascido em 03 de dezembro de 1956, do calendário Cristão.
A “obrigação” de Jorge Antonio Cavallet, enquanto vivo é cuidar dele mesmo.
Quanto melhor for essa relação consigo mesmo, mais energia e afeto terá disponível para compartilhar com seu mundo externo, quer sejam pessoas, animais, plantas ou coisas que fazem parte da sua realidade.
Em relação ao Universo, ele se vê como um minúsculo “grão de poeira estelar”, auto consciente, participando de um processo evolutivo, chamado Vida.
Junto com outros grãozinhos de poeira, sente-se acompanhado e muito feliz brilhando no Firmamento, como uma nuvem estelar...

Referências Bibliográficas:
Super Interessante Coleções, Entenda o seu mundo 11. Universo o Mistério Infinito. Editora Abril.
O Universo numa Casca de Noz. Stephen Hawking, 2ª ed. Ed. Mandarim, São Paulo, 2001.
Revista Planeta, Edição 365, fevereiro 2003. Editora Três. Artigo de Eduardo Araia: Busca Espiritual, A perigosa Figura do Guru, pág. 62.
O mundo assombrado pelos Demônios. Carl Sagan, pág. 40.


Sobre o Autor desse Artigo: jorgecavallet@gmail.com
Seus vídeos YouTube: http://www.youtube.com/user/JorgeCavallet

Jorge Antonio Cavallet, é Parapsicólogo, formado pela Faculdade de Ciências Biológicas da Saúde (FACIBEM), Curitiba, PR.
Trabalha entre outros, com Orientação Parapsicológica, Hipnoterapia, Palestras de Motivação Pessoal, Técnicas de Meditação e Relaxamento.
Autor dos Cds:
Relaxamento para Redução do Stress
Regressão de Memória
Resgatando a Criança Interior
Emagreça pela auto-hipnose
Auto-motivação